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terça-feira, 15 de abril de 2008

Comentário ao Jogo da 19ª Jornada - Por Rui Garrido

FC Cidade de Lourosa 9–2 G.C. Urrô

FC Cidade Lourosa: Hélder (g. r.), Bruno, Paneira, Gusto e Miguel.
Outros jogadores: “Raí” (g. r.), “Chalana”, Sérgio, Vieira, Nélson, Serginho e “Martelinho” (1).

Treinador: Vítor Coelho.

Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Nada a registar.
Cartões Vermelhos: Nada a registar.

GC Urrô: Tiago (g. r.), Tonito (1), Vítor Soares Sebastião e Simão.
Outros Jogadores: N. Costa, Ricardo , Quim (Cap.) e Zézito “WonderKid”.

Treinador: Paulo Brandão.

Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Nada a registar.
Cartões Vermelhos: Nada a registar.


Equipa de Arbitragem: Custódio Sá (1º Árbitro)
Valter Pinho (2º Árbitro)
Bruno Sá (3º Árbitro / Cronometrista)

Ao Intervalo: 1-2

Jogo no passado dia 15 de Março, Sábado, pelas 15h no Pavilhão da Escola C+S de Lourosa, em Lourosa, SMF.

1ª Parte
Na 1ª Volta tinha-se registado um empate a duas bolas. O Lourosa que é uma das melhores equipas da prova, ocupando o 2º lugar na tabela classificativa.

O GCU entrou decidido com um ataque fortíssimo e Vítor Soares logo nos instantes iniciais, 1’, com um remate quase consegue surpreender o guardião Hélder.

Aos 2’, Vítor Soares mais uma vez a mostrar a sua raça e que tanto insistiu que acabou mesmo por marcar, 0-1, concluindo uma jogada iniciada num canto, estava inaugurado o marcador,

Aos 6’, jogada magnífica do ataque do GCU, iniciada por Sebastião que após ter tirado vários adversários do caminho, desmarca o Capitão Quim e este isolado não tem qualquer dificuldade em bater o guardião Hélder, 0-2 para o Urrô.

Aos 7’ e já com o Lourosa exercer uma pressão muito alta, indo em busca do prejuízo, mas ao perder a bola origina um contra-ataque da equipa arouquense e Sebastião está muito perto de dilatar a vantagem no marcador.

Aos 17’, Sebastião em mais uma das suas jogadas ultrapassa tudo e todos, inclusive o g. r. Hélder, mas já em desequilíbrio (fruto do seu esforço) e com um ângulo bastante reduzido remata às malhas laterais.

O FC Cidade Lourosa continuou a insistir nas suas jogadas de ataque e na sua enorme pressão. Já o GCU limitava-se a defender e muito bem, cortando as jogadas de perigo, recuperando as bolas e partindo sempre de forma muito inteligente para o contra-ataque, num período de claro domínio para a equipa da casa.

E como o cântaro tanto vai à fonte até que parte, eis que surge o golo do Lourosa, aos 18’, o 1-2 que se viria a revelar preponderante, pois deu outra força e outra visão aos jogadores do Lourosa, que tinha partido para este jogo como vice-líder do Campeonato. Intervalo.

2ª Parte
À semelhança da 1ª Parte, o GCU é a equipa que entra melhor no jogo, com um ataque proporcionado pela dupla Sebastião/Simão (em sucessivas tabelinhas a partirem a louça toda ao Lourosa) mas com este último isolado a falhar.

Aos 22’, Nélson num grande remate proporciona a Tiago uma não menos espectacular defesa, evitando assim um golo de belo efeito.

Aos 24’, eis que o azar bate à porta do GCU, (depois de no minuto anterior ter perdido o Vítor Soares por lesão, sendo este mesmo forçado a abandonar o recinto do jogo), eis que Tonito na tentativa de cortar uma bola perigosa, a introduz na sua própria baliza, a. g., que castigo, 2-2, empate na partida e o jogo relançado.

E a partir daqui foi o descalabro total.

Aos 25’, chega o 3-2 e a reviravolta dá-se, com o Lourosa a estar na frente do marcador pela primeira vez para nunca mais largar esta condição até ao final do jogo.

Assiste-se a um período de total desorganização na equipa do GCU.

Aos 26’, Sebastião quase marca e logo no seguimento do jogo, o Lourosa organiza um contra-ataque, o qual “Martelinho” finaliza da melhor maneira, 4-2.

Aos 28’, o GCU que estava no ataque perde uma bola infantilmente e na resposta o Lourosa inicia mais um contra-ataque para o 5-2. O resultado estava a ficar bastante avolumado e injusto mas o Futsal é mesmo assim, quem não marca… arrisca-se a pagar bem caro a factura… e isto ainda não ficou por aqui.

O GC Urrô continuou a pressionar bem mas os erros que cometia, rapidamente eram transformados em poderosos contra-ataques, em resposta aos ataques do GCU, que se mostravam ser letais e o 6-2 a chegar com toda a naturalidade aos 29’.

Aos 30’. Novo golo, o 7-2.

Nos minutos seguintes o GCU conseguiu equilibrar as contas, em termos de ataques e de jogo jogado, só que aos 36’, o treinador da casa, o Mister Vítor Coelho usou muito bem a cabeça, puxou da sua artimanha e pediu um minuto de desconto, quebrando o jogo do GCU e toda a sua avalanche ofensiva.

No regresso ao jogo o GCU foi uma equipa apática, sem garra, baixando ainda mais os braços. O Lourosa aproveitou bem e fez mais dois golos. O primeiro aos 37’ numa jogada estudada, 8-2; E o segundo aos 38’, o 9-2, aquele que viria a ser o resultado final.

Nos últimos 30 segundos de jogo, o GCU ainda tentou chegar ao 3º golo e reduzir assim a diferença no marcador, mas tal não se veio a verificar, a sorte também não quis nada com a equipa. Término do encontro.

As ilações que tiro deste jogo são as mesmas que tenho vindo sempre a apontar: uma equipa com muito valor, jovens jogadores mas também já muito experientes apesar da ainda curta idade, com muito talento e bom Futebol. Só que muito fracos no campo emocional e psicológico, porque quando querem jogar são das melhores equipas a alinharem neste Campeonato da 2ª Divisão Distrital de Futsal de Aveiro – Zona Norte. Porque quando estão calmos, confiantes, com determinação, tudo lhes sai bem, transpiram Futebol, arrumam com tudo e com todos, dão o que se diz na gíria “um show de bola”. Viu-se isso ainda neste jogo, com o Vice-Líder do Campeonato, chegaram mesmo a estar a vencer por 0-2 até aos 18’, ou seja, quase até ao fim da 1ª Parte.

É mesmo assim, é que quando estão a jogar e as coisas a correrem bem, eles começam a se desconcentrar, talvez por excesso de confiança ou por sua própria natureza e começam-se a ir abaixo, a descida é a pique e acentuadíssima. Começam por falhar muitos golos, ficam nervosos, os adversários começam a fazer o seu jogo, a criar oportunidades, muito perigo, entra um golo e pronto! A partir daí é o descalabro total. A desorganização toma conta do grupo que nunca mais ganha forças para inverter o resultado e passar da mó de baixo para a mó de cima. Foi assim em Pejão, a vencer por 0-2 aos 5 minutos de jogo e depois com o jogo a terminar com um dilatado 8-4. E agora aqui em Lourosa, depois de também estarem a vencer por 0-2, aos 6’, acabam com um concludente e expressivo 9-2.

A meu ver a maior lacuna reside no foro psicológico, a força anímica não é a melhor, é pois um aspecto a ter em conta e que deve ser trabalhado.

Fechou-se hoje aqui, um ciclo já que o Paulo anunciou agora no final do jogo aos amigos (Dirigentes e Atletas) que pôs o cargo à disposição, demitindo-se. A partir deste momento será o Luís Filipe “Pinheiral”, então até aqui Treinador-Adjunto a assumir as funções de Treinador-Interino e também tudo leva a crer, de futuro Treinador-Principal do GCU, já que a Direcção está disposta a apostar na prata da casa e não vê com bons olhos uma busca fora, nesta altura do Campeonato de uma pessoa para comandar os destinos desta equipa.

Portanto, terminarei com duas palavras:
A 1ª é para o Paulo, queria aqui mais uma vez, agora publicamente, agradecer-lhe por tudo o que fez, pela sua postura, por aquilo que sempre foi e não foi (esteve sempre isento de comportamentos negativos e vergonhosos, é sempre bom lembrar isso), pela sua dedicação, amizade, entrega, humildade e profissionalismo, em suma, pelo trabalho desenvolvido. Eu como Dirigente Associativo desta equipa, como parte de um todo, em meu nome como em nome de todos os outros (21) que constituem este grupo de seres humanos o MEU MUITO OBRIGADO. Foram momentos fantásticos e únicos aqueles que passamos em conjunto. Não erguemos taças, não abrimos champanhe, vitórias não festejamos muitas mas festejamos sim outras vitórias: os treinos, os balneários, as viagens, os jogos entre muitas outras coisas mais, sabemos sempre ser grandes mesmo nas coisas pequeninas. E quando assim é, é sempre algo a louvar pelos gestos e atitudes de 22 profissionais, como todas outras pessoas normais que durante 9 meses dão tudo de si, tempo, dedicação, saber, competência, convívio, energia… tudo em troca de nada, sem salários sem gratificações a não ser a da alegria, boa disposição e convívio que no conjunto se materializam em bons momentos, que é o que esta vida tem de melhor. Por isso Paulo, tem uma certeza, partes daqui deixando muita saudade e com um desejo unânime: o de que um dia regresses a esta casa que dela fizeste parte (e que tão bem conheces) e tanto a soubeste honrar.

A 2ª é para o Filipe. Quero desejar já aqui, a ti “Pinheiral” muitas felicidades e os maiores êxitos no desempenho das tuas funções, que a sorte te acompanhe porque também é precisa, no comando desta já há muito tua equipa (que até aqui era partilhada com o Paulo) mas agora como timoneiro, tendo o seu leme nas tuas mãos, (tem é cuidado com os icebergs lol).

Ou seja, muitas felicidades para quem sai e para quem entra, com uma única certeza: não esquecendo nunca quem sai e apoiando sempre incondicionalmente quem entra.

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