Futsal info

widgeo.net

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Comentário ao Jogo da 12ª Jornada - Por Rui Garrido

G. R. C. Dínamo Sanjoanense 4–3 G.C. Urrô

G. R. C. Dínamo Sanjoanense: Ricardo (g. r.), “Andorinha”, Zé António (Cap.) (1), Pedro (1) e Jorge (1).
Jogaram ainda: “Iguita” (g. r.), Hélder, Alexandre, Marco “Lobo”, Calado, Flávio e “Cadete” (1).
---
Treinador: Miguel Costa.
---
Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Pedro (40’).
Cartões Vermelhos: Nada a registar.
---
GC Urrô: Carlos José (g. r.), Simão, Sebastião (1) e Quim (Cap.) (1) e Zézito (1).
Jogaram ainda: Vítor Soares, Toninho, N. Costa e Johny.
---
Treinador: Paulo Brandão.
---
Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Zézito (34’).
Cartões Vermelhos: Nada a registar.
----
Equipa de Arbitragem: Paulo Pinho (1º Árbitro)
Nuno Silva (2º Árbitro)
Paulo Silva (3º Árbitro / Cronometrista)
--
Ao Intervalo: 1-2
--
Jogo no passado dia 12 de Janeiro, Sábado, pelas 18h, no magnífico Pavilhão das Travessas, na Cidade de S. João da Madeira.
----
--
1ª Parte
Este era sem dúvida alguma um jogo muito aguardado. De um lado estava o 1º Classificado e a jogar junto do seu público afecto. Do outro o GC Urrô, uma equipa humilde, teoricamente com menos valor se olharmos à Tabela Classificativa e que começou muito mal este Campeonato mas que aos poucos está a mostrar a sua qualidade e ameaça intrometer-se na 1ª metade da Tabela Classificativa, já que nos últimos jogos tem dado cartas, (nas últimas 3 partidas soma por vitórias esse mesmo número), com um Futebol muito atractivo e vistoso.
Ambas as equipas entraram balanceadas para o ataque, no entanto tanto o esquema de jogo (táctica), como a técnica era muito semelhante, o que equilibrou sempre as contas. As equipas criaram imensas oportunidades mas não conseguiram penetrar na área adversária, devido à solidez de ambas as defensivas.
---
Aos 6’, a primeira jogada realmente de perigo, o Capitão Quim envia a bola ao poste da baliza de Ricardo.
Aos 9’, Carlos José é chamado pela primeira vez a aplicar-se verdadeiramente, não vacilou a um remate de Jorge. Mas neste mesmo minuto e noutro lance com os mesmos intervenientes JORGE tentou a sua sorte e desta vez conseguiu levar a melhor, inaugurando o marcador, rematou e a bola tocou nas pernas de um jogador mudando de trajectória, 1-0 para o G. R. C. Dínamo Sanjoanense.
Aos 11’, Toninho desmarca-se bem mas remata ao lado.
No minuto seguinte, Alexandre em lance acrobático quase marca.
Aos 16’, Quim faz um bom remate, no entanto, Ricardo bem posicionado, não tem dificuldades em agarrar.
Aos 17’ e 18’, o Dínamo Sanjoanense, em ambas ocasiões por intermédio de Marco “Lobo” a criar muito perigo, valeu a atenção de Carlos José.
Mas a 2’ do fim do 1º Tempo (ainda no minuto 18’) Quim na passada remata cruzado e colocado sem hipótese, 1-1. Reposta a igualdade no Municipal das Travessas.
Aos 19’, Johny na cara do g. r. remata mas Ricardo a estirar-se e a desviar a bola para canto. Ainda no mesmo minuto, uma jogada simplesmente fenomenal e fantástica iniciada por Sebastião em sucessivas tabelas com Zézito, tudo muito rápido e ao primeiro toque trocando as voltas aos atletas da formação de S. João da Madeira, e o ‘WonderKid’ a fazer jus à sua alcunha e com muita frieza a não perdoar e mais um golo para a sua conta pessoal, o que já começa a ser um número significativo. 1-2, reviravolta consumada ao cair do pano no fecho do 1º acto. Intervalo
----
2ª Parte
Tal como acabou a 1ª Parte começou a 2ª, ou seja, com o GCU a atacar e a fazer as despesas do jogo.
---
Aos 24’, Quim de primeira quase surpreende Ricardo. No mesmo minuto Johny segue-lhe as pisadas.
Aos 25’, Carlos José nega o golo à formação da casa com mais uma belíssima intervenção. Carlos José que segura a bola, levanta-se e lança um contra-ataque rapidíssimo com Johny e Sebastião, que mais uma vez em sucessivas tabelas partem a louça laborense toda e com este último a fazer o 1-3. Um golo já há muito merecido para o Camisa 9 do Urrô.
Só que no mesmo minuto (25’) e poucos segundos depois da bola ter ido ao meio-campo, Pedro já corria de alegria a festejar o 2-3, aproveitando a distracção de todos, inclusive de Carlos José que ainda saboreavam a obtenção do 3º golo e com a equipa em contrapé foi tudo muito mais fácil. Este foi sem dúvida o momento do jogo, sendo fulcral para ditar aquilo que se viria a passar pois acalentou uma possível reacção do Dínamo que (aproveitando o seu nome) sentiu-se dinamizado.
Aos 27’ Carlos José muito perto da linha de golo impede a bola de entrar na sua baliza.
Aos 30’, o Capitão Zé António faz a igualdade, com a bola a tabelar num jogador do GCU e a sobrar para ele que isolado em frente a Carlos José e com a baliza completamente à sua mercê, faz o 3-3. Voltava tudo de novo ao início, à chamada ‘estaca zero’ e tudo podia ainda acontecer nos últimos 10’ de jogo que ainda restavam-se jogar.
Aos 38’, Toninho remata forte e colocado mas Ricardo mais uma vez leva a melhor e consegue suster o seu remate.
No minuto seguinte (39’) e num lance de insistência da Formação de S. João da Madeira, depois da bola ter ressaltado por várias vezes acaba por bater entre a barriga e as mãos de “Cadete” que atabalhoadamente consegue introduzir o esférico nas redes da baliza à guarda de Carlos José, para grande felicidade de “Cadete” e de toda a equipa Sanjoanense, 4-3.
Foi a estocada final, um tiro no melro quando este ainda voava bem alto, é que um golo naquele momento foi um ponto final nas aspirações do GCU que tentava e teimava em chegar à vitória.
Ainda ao cair do pano, no último fulgor, o GCU a queimar o seu último cartucho: na última jogada do desafio, Toninho de cabeça bate fraco para Ricardo ir buscar o esférico só com uma mão. Término da partida.
Para o GCU este jogo foi como uma vitória, é certo que o resultado (quanto a mim enganador) não traz alegrias assim como pelo que fizeram os jogadores não podem estar contentes com a derrota, mas… quem viu o jogo sabe perfeitamente do que falo, é que durante o jogo todo quem não conhecesse as equipas nem as cores dos seus equipamentos, não sabia identificar as equipas só pelo seu futebol praticado nem quem é que era a equipa que estava melhor classificada, haveria certamente muita gente pois que pensaria, embora erradamente, que a Equipa Verde do GCU seria aquela que estaria na frente. É que ir jogar a casa do líder da forma arrojada com que o GCU foi, sem ter medo de nada nem de ninguém, concentrando-se apenas em jogar o seu jogo e espalhar o perfume do seu Futebol. Assumir o comando e as despesas do jogo e tudo de cabeça erguida, levantada, deixando os da casa (atletas e assistência) simplesmente mudos até ao minuto 39’.
De uma coisa tenho a certeza, quem saiu de casa na noite fria do dia 12 para ir assistir a uma partida de Futsal no Magnífico Pavilhão das Travessas, (o mesmo onde em 2003 a equipa profissional de Futsal do SL Benfica efectuou o estágio de pré-época. E em que a equipa encarnada ficou simplesmente maravilhada com as condições de treino, num Pavilhão que foi palco de alguns jogos do então na altura Mundial de Andebol, que se realizou em Portugal. É que este Pavilhão é "só" o pavilhão com maior capacidade, logo depois do Pavilhão Atlântico em Lisboa. É verdadeiramente grandioso, com um pavilhão central de enorme qualidade e com mais vários, espantoso!, 4 pavilhões total com dimensões regulamentares. Ou seja, um mega-pavilhão ultra moderno que é ainda composto por uma sala de musculação, uma sala de conferência de imprensa, um posto médico, uma sala dos desportos de combate, uma secretaria, algumas salas de apoio, quatro balneários, cinco arrecadações e tem capacidade para 6.000 espectadores. No seu interior existem 4 campos / recintos de jogo. De forma a preparar o Pavilhão Municipal das Travessas para receber os jogos do Mundial de Andebol em 2003, a Câmara Municipal de S. João da Madeira procedeu a adaptações e melhoramentos neste equipamento desportivo que se tornou num espaço mais agradável e funcional, como o público e os desportistas sanjoanenses, mas não só, têm tido a oportunidade de comprovar diariamente. Este Pavilhão foi o Palco escolhido para acolher a equipa do SLB nos jogos do UEFA FUTSAL CUP.) ficou agradado com aquilo que viu e com o Futebol praticado, num excelente jogo cheio de emoção até final e com 40’ de Futebol atractivo e não de anti-jogo ou de “deixa mas é o tempo passar”.
Eu desde o início prometi que nunca me iria referir à Arbitragem, mas vou mesmo ter de ser obrigado a faltar à palavra e a quebrar o prometido, é que esta equipa liderada pelo Sr. Paulo Pinho tirou-me do sério. Numa escala de 1 a 5, não merece nem 5, nem 4, nem 3, nem 2, nem sequer 1, merece apenas a nota 10. Sim porque foi simplesmente soberbo, nunca tinha assistido a uma arbitragem assim como esta: perfeita, isenta e sem erros. Quando assim é, parece tudo mais fácil, até parece que ensinava os jogadores a jogarem: apitava só quando necessário, estava sempre bem posicionado, muito atento e comunicativo (dialogando com os jogadores e chamando-lhes à atenção para os seus comportamentos e possíveis sanções), explícito (explicava aos jogadores o que tinham feito mal e/ou aquilo que não era permitido), muito simpático (sempre atencioso e receptivo aos jogadores), simplificou tudo ao máximo num jogo em que a adrenalina esteve sempre em alta. Apenas exibiu por duas ocasiões o Cartão Amarelo e em ambas não lhe deixaram outra alternativa, sim senhor, muito bem mostrado. Assim vale a pena ver Futebol e estar ligado ao Futebol, Parabéns para o Sr. Paulo Pinho assim como para os seus Auxiliares.
Só foi pena foi o resultado ser injusto, mas só ganha quem marca e aí não há nada a dizer, o Dínamo Sanjoanense fê-lo mais vezes e como o Futebol tem destas coisas, nem sempre é justo.
Parabéns Dínamo Sanjoanense. Parabéns GCU pela excelente réplica dada na terra do labor.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Resultados, Classificação e toda a informação em 1ª Mão