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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Comentário ao Jogo da 13ª Jornada - Por Rui Garrido

G. C. Urrô 5–2 A3
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GC Urrô: Carlos José (g. r.), Tonito (1), Simão (1), Sebastião (1), e Quim (Cap.).
Jogaram ainda: Vítor Soares, N. Costa, Toninho, Johny, Zézito e Ricardo (1).
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Treinador: Paulo Brandão.
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Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Tonito (38’).
Cartões Vermelhos: Nada a registar.
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A3: Rui Pedro Gonçalves (g. r.), Jorge Bastos (“Gito”), Paulo Cerqueira (1 p. b.) (1), Nuno Costa e António Sérgio.
Jogaram ainda: Ricardo Costa (1), Jorge Freitas, Rui Pedro Aguiar e “M.A.S.O.”.
Suplentes não utilizados: Tiago Cruz (g. r.), João Veiga e Hélder Ramiro (Cap.).
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Treinador: Zé Miguel Gonçalves.
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Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Nada a registar.
Cartões Vermelhos: Nada a registar.
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Equipa de Arbitragem: Wilson Soares (1º Árbitro)
Ângela Maria (2º Árbitro)
Rui Teixeira (3º Árbitro / Cronometrista)
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Ao Intervalo: 1-0
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Jogo no passado dia 19 de Janeiro, Sábado, pelas 18h, no Pavilhão Gimnodesportivo de Arouca.
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1ª Parte
Este era um jogo há muito aguardado, desde fins de Setembro ’07, aquando do Sorteio do Calendário deste Campeonato da 2ª Divisão Distrital de Futsal de Aveiro – Zona Norte. É que todos ansiavam por esta partida e quis o destino que tal acontecesse só na última jornada. A última jornada da 1ª Volta em casa do GC Urrô e a última da 2ª Volta, ou seja, do Campeonato em casa da A3, pois isso até seria importante não fosse a casa a mesma, o recinto partilhado por ambos os Clubes Arouquenses, o Pavilhão Gimnodesportivo e Municipal que tem um papel idêntico ao do Estádio Giuseppe Meazza em Itália, mais conhecido como San Siro em que serve de palco caseiro aos clubes de Milão (o AC Milan e o FC Internazional vulgarmente chamado de Inter de Milão).
O único receio era o de que essa enorme ansiedade se repercutisse no jogo e enfraquecesse assim o espectáculo, mas longe disso, pois Arouca tem duas formações muito maduras, profissionais e capazes de encarar os seus desafios, quem teve a sorte e o prazer de assistir ao jogo, pôde constatar isso, não o estou a dizer pelo simples facto de estar ligado às duas, por ser Dirigente Associativo de ambas.
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Aos 3’, Simão remata ao lado.
Aos 5’, Tonito também remata ao lado.
No minuto seguinte, “Gito” imita os seus colegas Arouquenses mas adversários nessa tarde.
Aos 11’, Rui Pedro Gonçalves teve de se aplicar pela 1ª vez mais a fundo, desviando a bola para canto.
Aos 14’, Johny remata com perigo rente ao poste.
Aos 16’, Sebastião isola-se e frente ao seu ex-colega e antigo guarda-redes do GC Urrô (06/07) remata forte mas a classe de Rui impediu que este seu vizinho fizesse o 1º golo da tarde.
O que viria a acontecer ao minuto 18’ e desta vez nem o Rui conseguiu valer à A3. Numa jogada de insistência do GC Urrô, Rui defende para Canto. Desse canto superiormente marcado pelo Capitão Quim, a bola que saiu forte do seu pé, dirigiu-se para a frente da baliza. PAULO CERQUEIRA (a. g.) sempre muito activo ao longo de todo o jogo tentou proteger a sua baliza só que a sorte foi madrasta e a bola depois de embater no seu corpo foi-se anichar na baliza, com o g. r. a olhar apático, nem queria acreditar. Cerqueira desolado, nem queria pensar no lance infeliz em que estava inevitavelmente envolvido, estava mesmo em maré de azar. 1-0 para a equipa que mais e melhor tentava chegar ao golo, verdade que teve a sorte do seu lado neste lance mas também para se ter sorte é preciso saber procurá-la e o GCU soube-o fazer. Intervalo.
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2ª Parte
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Na 2ª Parte a A3 tentou correr atrás do prejuízo mas quando tentava tomar as rédeas do jogo, deixou-se bater novamente, nem lance de bola parada e do meio da rua.
Aos 22’, Cerqueira tentou redimir-se mas encontrou pela frente um Carlos José implacável que quer defendia por completo, quer sacuda para canto as bolas que chegavam à sua baliza.
Aos 25’, TONITO de livre do meio da rua manda uma das suas bombas teleguiadas que só parou no fundo da baliza de Rui, remate colocadíssimo junto ao poste, 2-0.
No minuto seguinte António Sérgio remata e Carlos José mais uma vez nega-lhe o golo.
Aos 28’, RICARDO em jogada individual faz o 3-0 depois de ter ultrapassado um adversário e frente ao Rui desfere um remate fora do alcance deste.
Aos 30’, SEBASTIÃO faz o 4-0 depois de Toninho ter insistido por várias vezes mas sem êxito, a bola a sobrar para o “todo-o-terreno” e este a não desperdiçar e a ampliar a vantagem. Era um resultado pesado e um pouco injusto mas que premiava a qualidade defensiva do GCU assim como o seu poder de eficácia.
No minuto seguinte, Carlos José faz duas intervenções de alto nível, em duas jogadas distintas. Parece que se adivinha algo.
Aos 32’, Freitas (não o Freitas do GCU – Ricardo, mas sim o da A3 – Jorge) remata e só os pés de Carlos José evita o golo.
Golo que chega ao minuto 33’, por intermédio de RICARDO COSTA num remate de fora da área, 4-1.
No minuto seguinte, 34’, PAULO CERQUEIRA faz o 4-2.
Aos 35’, Sebastião remata mas Rui vai lá só com uma mão e numa sapatada envia a bola para canto.
Aos 36’, Sebastião quase bisa.
Aos 37’, este mesmo jogador, inconformado, a tentar novamente o golo. O filme repetia-se, Rui levava novamente a melhor.
Aos 38’, SIMÃO insiste, insiste, insiste e não desiste. Só descansa mesmo quando coloca a bola dentro da baliza de Rui, era o 5-2 e também a machadada final nas contas do jogo.
Aos 39’, Cerqueira do meio da rua, mesmo em cima da linha de meio-campo desfere um remate portentoso e a bola vai embater violentamente num dos postes à guarda de Carlos José.
Aos 40’, Nuno Costa no último cartucho remata ao lado da baliza de Carlos José. Termina a partida.
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Excelente partida esta que se disputou entre as formações das terras de Santa Mafalda. Ambas estão de parabéns pelo que fizeram e pelo que não fizeram. Souberam sempre se comportar. Jogaram muito bem, com muito Fair-Play, com uma vontade extrema, com alegria e motivação pois ambas as equipas estavam a jogar em sua casa, diante do seu público. Tudo correu às mil maravilhas, os lances muito bem disputados, fora um ou outro que foi feito com mais rispidez e intensidade, mas tudo fruto de uma vontade e pressa em recuperar o esférico ao adversário. Viu-se aqui que muitas vezes quem está de fora gosta de apimentar e de aquecer o ambiente, dizendo mentiras e barbaridades, como por exemplo que as equipas não se davam bem e que o jogo ainda ia acabar mal. Pois a esses tanto a brisa que se fazia sentir cá fora como o ar em movimento que se fazia sentir lá dentro do Pavilhão foi de encontro a eles como uma enorme bofetada. As duas equipas deram uma lição desportiva (de futebol e de fair-play) e cívica e estão por isso todos de parabéns: Dirigentes, Técnicos, Jogadores e todo o Público afecto às duas equipas. Por falar em Público, aqui vai uma palavra para ele que pela 1ª vez encheu o Pavilhão Municipal num jogo de Futsal. Pena é que tal situação só se tenha verificado num encontro entre ambas as Formações Arouquenses. AROUCA merece mais vezes esta maravilhosa moldura humana, o ambiente é agradável, o local também o é, além disso é gratuito e faz bem à saúde divertir-se, descontrair e assistir a algo do género: desporto, juventude e convívio.
Já que estou a falar de ambiente e de público, gostaria de referir o seguinte, é que antes do jogo começar, fiquei desde logo com a certeza de que tudo iria correr muitíssimo bem, pois soube de um gesto muito nobre e dignificante. É que a A3 costuma ter na bancada a Claque dos “Ultra Arouca” a torcer por eles. Só que como este jogo era com o GC Urrô e por serem ambos os Clubes da nossa terra, o Paulo Renato Gomes (carinhosamente apelidado de “Tortas”) decidiu não apoiar a A3 alegando o facto de serem ambas de cá, e por isso ele como habitante de Arouca e pelo pessoal de Arouca, logo não apoiou nenhuma. Sim senhor, é assim mesmo Paulo Renato, grande atitude e gesto e ainda há quem diga que as Claques só existem para desvirtuar o espectáculo e para arranjarem problemas. Só que nem todas são assim, agora que há mal comportadas, lá isso há, toda a gente sabe disso. Ainda bem que em Arouca a mentalidade dos jovens é outra. Bem Paulo, como sabes já te transmiti isso no Sábado, mas mais uma vez aqui deixo o meu muito obrigado, há que dignificar e nunca denegrir.
Para finalizar apenas quero dizer que tal como o Paulo Renato, este foi um jogo muito agradável mas ao mesmo tempo muito estranho e confuso, ele não sabia quem apoiar, eram ambas de Arouca, era impossível saírem ambas de ali com a Vitória, para uma vencer, a outra obviamente teria de perder, existam amigos de ambos os lados, era no mínimo difícil. Ora não foi só o Paulo Renato que se viu nesta situação, é que para mim foi exactamente isso que se passou também. Foi complicado até porque de um lado estava o Rui Garrido – Chefe dos Departamento de Comunicação e Imagem (Marketing, Publicidade e Relações Públicas) vestido a rigor como sempre faço, com fato-de-treino do GCU, caneta na mão, Caderno de Apontamentos e máquina Fotográfica para cuidar dos lances mais importantes do jogo. Mas do outro estava também o Rui Garrido – Secretário da Direcção da A3 (exercendo funções já no 2º Mandato, sendo no 1º Mandato Presidente da Mesa da Assembleia Geral também na Direcção já chefiado pelo meu grande colega e amigo Luís “Rita”) e de Cachecol da A3 e que quando a necessidade assim me obriga lá ando trajado.
Pois muito bem, eu como elemento ligado a ambas as Associações, na Categoria de Dirigente Associativo (na A3 em funções de carácter geral, enquanto que no GCU, funções de carácter desportivo, não confundir) gostei do jogo que vi, bati palmas nos lances bonitos da partida mas nunca de forma muito exuberante, mas claro que estava a torcer pelo GCU, no qual exerço funções na equipa de Futsal, pois foi aquela que me fez o convite primeiro, o qual aceitei de imediato dado as amizades que lá tinha e continuo a ter (inclusive ex-colegas de turma, de mais de 15 anos atrás). Só passado sensivelmente, dois, três meses é que o Luís conseguiu ir para a frente na criação da Equipa de Futsal da A3 e a construiu, diga-se em tempo recorde, fruto do seu empenho e dedicação com que ele sempre trabalha em tudo aquilo em que se mete.
Também curioso e engraçado é um facto que eu aqui vou referir: O treinador do GCU é natural de Rôssas (o Paulo) e é praticamente vizinho do Presidente da A3 (o Luís). Já o Treinador da A3 é natural de Urrô (Zé Miguel) e é praticamente vizinho do Presidente do GCU (Tony), como se pode ver são tudo jovens aqui do meio, muito perto uns dos outros e sobretudo amigos, bons amigos.
E este jogo fica assim para a história como sendo o PRIMEIRÍSSIMO jogo inter-muros de Futsal do nosso lindo Concelho de Arouca, o 1º DERBY OFICIAL DE FUTSAL entre duas equipas das terras da Rainha Santa Mafalda (AROUCA). Sem dúvida, este momento vai ficar para a posteridade, resta-nos agora esperar ansiosamente pelo jogo da 2ª Volta.

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