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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Comentário ao Jogo da 15ª Jornada - Por Rui Garrido

A. D. C. Bairros 4 –4 G.C. Urrô

A. D. C. Bairros: Adriano (g. r.), Sousa, Márcio, Nuno (Cap.) e André “Preto” (1 p. b.) (1).
Outros jogadores: Bruno (g. r.), Maia, “Vilas” (1), Miguel (1), “Russo” e Paiva (1).

Treinador: Vítor Vasconcelos.

Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Paiva (13’) e Miguel (36’).
Cartões Vermelhos: Nada a registar.

GC Urrô: Tiago (g. r.), Tonito (1), Sebastião, Simão e Quim (Cap.).
Outros Jogadores: N. Costa, Vítor Soares, Ricardo (2) e Zézito “WonderKid”.

Treinador: Paulo Brandão.

Acção Disciplinar: Cartões Amarelos: Ricardo (35’).
Cartões Vermelhos: Nada a registar.


Equipa de Arbitragem: Custódio Sá (1º Árbitro)
Valter Pinho (2º Árbitro)
Bruno Sá (3º Árbitro / Cronometrista)

Ao Intervalo: 0-2

Jogo no passado dia 09 de Fevereiro, Sábado, pelas 21h, no Pavilhão das Municipal de Castelo de Paiva.

1ª Parte
A equipa do GCU deslocou-se a Castelo de Paiva para defrontar a equipa local do ADC Bairros, uma instituição com mais de 50 anos. Na 1ª Volta, aquando da visita do Bairros a Arouca, tinham saído daqui com uma Vitória tangencial (3-4) e pouco melhor tinham sido e feito que a equipa do GCU que nessa altura ainda tinha jogado muito desfalcada devido às lesões e castigos que a equipa atravessava. Por isso este 2º jogo entre estas duas formações era aguardado com serenidade e alguma perspectiva. O que o GCU seria capaz de ir fazer a Paiva? Um bom resultado ou sofrer uma pesada derrota e ser goleado pelo actual 7º Classificado?
A resposta e de forma rápida, teve-a quem lá foi ver o jogo.

Logo aos 2’, Tonito remata mas o g. r. Adriano defende. Nesse mesmo minuto houve ainda tempo para o Bairros mostrar a sua força e logo por duas vezes: 1º Tiago defende, já no 2º lance viu a bola embater num dos seus postes com estrondo.

No minuto seguinte, aos 3’, num ataque do GCU, com muita rapidez e pressão, André “Preto” na tentativa de cortar uma bola direccionada para a sua baliza, não foi feliz e fez auto-golo, colocando a bola dentro da sua própria baliza. 0-1 e os forasteiros adiantavam-se assim no marcador.

Aos 5’, substituição na equipa do GCU, sai o Capitão Quim, entra Ricardo, o melhor goleador da equipa. Ele entra, corre, desmarca-se, isola-se e na primeira vez que toca na bola, o que é que faz? O que é que se pode fazer com apenas dois toques na bola? Com um primeiro puxa-se a bola para o lado, desviando o g. r. do seu caminho. E com um segundo toque faz mais um golo. 0-2, meu Deus que maldade este golo.

Aos 9’, grande defesa de Tiago, que sozinho frente-a-frente com dois adversários conseguiu levar a melhor e evitar o golo. Os jogadores paivenses numa situação de dois para um não conseguiram desfeitear o guardião arouquense. Este foi um arranque para uma exibição de encher o olho. Tiago na baliza equipara-se a um felino no seu habitat natural. Saltos e reflexos não são problemas para ele.

Aos 10’, novamente Tiago a brilhar.

Aos 13’, Sebastião isola-se e frente a frente com Adriano desfere um remate, mas este consegue defender com o tronco. No mesmo minuto Tiago mais uma vez a ter de intervir.

Aos 18’, a dupla “WonderKid”/Vítor Soares a funcionar muito bem e por muito pouco não conseguiram finalizar com êxito a jogada que construíram.

Aos 19’, Zézito “Wonderkid” em jogada individual inicia um slaloom no meio campo, finta dois adversários, senta-os e quase marca, valeu o guardião Adriano que se opôs muito bem. Se a Ferrari sabe da sua existência ainda bem buscar o puto-maravilha. É que ele ligando o Turbo é um autêntico terror para as defesas adversárias. Foi um regalo vê-lo a tornear os adversários, com sucessivas fintas e mudanças de velocidade à mistura. Penso que quem quiser saber o significado do temo inglês “WonderKid” não precisa de consultar um Dicionário, basta ir vê-lo jogar. Mais palavras para quê?
Intervalo.

2ª Parte
Neste 2º tempo a equipa paivense entrou determinada em mudar o rumo dos acontecimentos e logo no reinício da partida, mais concretamente aos 23’, Paiva reduz para 1-2. Começava aqui uma avalanche ofensiva do Bairros, que adquiria confiança e sentia-se galvanizado com o tento obtido. Por sua vez o Urrô começava a mostrar fragilidades nunca antes vistas, pois tinha realizado uma 1ª Parte imaculada e irrepreensível. Neste início de 2ª Parte começou a apresentar um grande desnorte e muita intranquilidade.

Mesmo assim um minuto depois, aos 24’, o Capitão Quim a passe de Tonito tem uma perdida incrível.

Aos 25’, chega o 2-2 por intermédio de “Vilas”. No mesmo minuto e após a bola ter ido ao centro do meio-campo, Sebastião do meio da rua quase marca.

Aos 26’, o Bairros por duas ocasiões criou muito perigo, ambas as vezes por intermédio de Paiva. Na 1ª situação isolado remata para defesa de Tiago. Na 2ª situação a bola chega mesmo a roçar num dos postes da baliza.

Aos 27’, Sebastião em óptima posição para marcar, remata ao lado.

Aos 29’, “Vilas” envia o esférico ao poste.

Aos 30’, Tiago evita o golo em cima da linha. Mas agarra, segura e lança o contra-ataque. Ricardo recebe, domina e fuzila. Fez o que quis e o que bem entendeu com a bola. 2-3, bis de Ricardo, implacável nestes lances, um predador nato. Ainda no minuto 30’, a bola depois de ir ao centro é recuperada pelo GCU e é colocado nos pés de Ricardo. Este finta o g. r., ultrapassa-o mas remata já em desequilíbrio e de um ângulo mais difícil, a bola atravessa toda a área e sai muito junto ao poste. Era o lance que poderia matar o jogo, mas não o foi… para sorte do ADC Bairros.

Aos 31’, mais uma belíssima defesa de Tiago, desta vez a dois tempos, mas completa.

Aos 32’, Tonito dispara mas a bola sai ao lado.

Aos 35’, André “Preto” faz o 3-3.

Aos 36’, Miguel faz o 4-3, a reviravolta a acontecer.
Aos 38’, ataque do GCU, a bola chega aos pés de Vítor Soares e este faz um passe rápido e preciso para à entrada da área aparecer o “Bombardeiro” Tonito a fuzilar completamente o g. r. Adriano que nem sequer viu a bola passar, apenas sentiu uma aragem, era o vento provocado pela deslocação da bola. 4-4, que raça, coragem e determinação. Justiça feita e ainda algum tempo para tentar obter mais um golo. O que não viria a acontecer. Final da partida. Jogou-se uma boa partida de Futsal, um jogo sempre muito vivo, emotivo e motivador, ou seja, um óptimo e verdadeiro espectáculo.

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